Não defendo e nunca defendi qualquer acordo de exclusividade para determinada liga ou time. Para as empresas é algo perfeito. Para os fãs nem tanto. Em qualquer ramo que não exista concorrência nem competição, não há aquela vontade de ser o melhor, justamente por você já ser o único. Imagine se o PES acaba: a qualidade do FIFA, sem dúvidas, decairá.
A Konami tem contrato de exclusividade com os principais torneios da UEFA, Libertadores e agora, Corinthians e Flamengo assinaram somente com ela. Já a EA tem como vantagem a Barclays Premier League 100% licenciada e isso faz ela lucrar muito no Reino Unido. Se ambos os jogos tivessem a licença de todos os torneios, ligas e times citados acima, o game mais vendido seria aquele que tivesse o melhor gráfico, jogabilidade ou modo de jogo mais atraente.
Corithians e Flamengo têm todo o direito de assinar exclusivamente com a Konami, assim como esta última tem todo o direito de fazer propostas de exclusividade aos clubes. A curto prazo, receber uma proposta muito maior de uma empresa e assinar com ela parece ser algo bacana, mas a partir do momento em que não se leva em consideração a visibilidade internacional e o retorno que isso pode trazer no futuro, torna-se uma péssima decisão.
Por exemplo, um americano pode conhecer um time brasileiro jogando FIFA. Após jogar, poderá ter a curiosidade de acompanhar os jogos do time no Brasileirão, que tem vários jogos transmitidos nos EUA e se gostasse, poderia adquirir a camisa ou diversos produtos do clube. É uma visão simples que parece não ser compreendida pelos diretores de alguns clubes brasileiros.
Pense bem, será que são os fãs que saem perdendo?
Gol da Alemanha