O problema a longo prazo poderia ser contornado com a união dos clubes e a criação de uma liga própria administrada pelos mesmos. A partir daí, haveria uma negociação aos moldes europeus: basta consultar a própria liga e esta entraria em contato com os times para saber se aceitariam ou não a proposta da EA... mas não seria da noite para o dia. Levaria tempo para alguns dirigentes brasileiros concordarem e incluírem essa proposta no estatuto da liga.
Enquanto isso, no FIFA 16 temos elencos desfalcados e pelo menos um jogador genérico em 9 das 16 equipes. Atlético Mineiro, Cruzeiro, Figueirense, Grêmio, Internacional, Palmeiras e São Paulo são os únicos que têm o elenco composto apenas de jogadores licenciados. Mesmo assim, os clubes não estão 100% atualizados e há diversos atletas faltando. (clique na imagem para ampliar)
Além dos nomes genéricos esquisitos, todos os atletas criados para suprir a ausência dos jogadores reais têm a idade de 27 anos. Desses clubes, também temos algo em comum: menos de 20 jogadores são licenciados.
A boa notícia é que todos os clubes brasileiros que foram licenciados na última versão do game - e não foram rebaixados - devem aparecer no FIFA 17. A maioria destes tem contrato válido até 2018, outra prova de que a empresa canadense pensa no mercado brasileiro, assinando contratos de longa duração. Porém, não há perspectiva de melhora quanto ao licenciamento dos jogadores. Alguns ainda cobram direitos de imagem na justiça por versões anteriores do game e outros devem seguir sem assinar com a EA. Nessa história, os fãs de FIFA perdem, os clubes perdem e até os próprios jogadores (mesmo sem saberem) perdem.